sexta-feira, 7 de março de 2014

Pai nosso

Pai nosso

A oração mãe de todas as outras orações é, como tudo em Deus, muito simples, como o céu em noite de lua clara, se não tivermos a capacidade de prestar atenção não vemos a grandeza, beleza e magia do mistério.
Todos se perguntavam: “como devemos rezar?”
O mestre da alegria e simplicidade, como uma criança sorrindo responde:

“pai nosso que está no céu, santificado seja o teu nome”, como quem vê um irmão em todos ele chama o seu pai de nosso Pai; nos dando  graça de amar, honrar e servir a este pai que nos ama como filhos. É assim que eu o reino de Deus, amor, vem, quando o amarmos, honra-lo e servi-lo.  Por isso o invocamos.

“venha a nós o vosso reino”, Ah! E este virá. Como o sol vem a cada manhã, assim ser irmão de todos nos faz espera-lo com alegria e gratidão. E como ser grato? Ora assim...

“seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”, e porque fazer a vontade do pai na terra como no céu? Por que lá há alegria. porque há alegria no céu? Por que a vontade de Deus é feita, e ela supera a nossa, com nosso egoísmo, que muitas vezes nos faz feliz enquanto uma multidão chora, sofre. Egoísmo que guarda para amanhã o que o outro precisa hoje. Por isso se reza:

“O pão nosso de cada dia, dai-nos dai hoje” ‘cada dia tem suas preocupações, não vos preocupeis com o amanhã’ (Mt 6,25-34), mas que ‘pão’ é esse? Espiritual ou material? Ora simplesmente os dois, não se pode ter harmonia numa balança desequilibrada, não só para eu ou você, mas para o que é nosso, ‘ai de mim se não evangelizar’(1cor 9,16), ‘do que adianta rezar para o faminto  deixa-lo com fome’ e guardar na dispensa o pão, o eu, para amanhã? A dispensa do coração e da casa, devem se esvaziar, para se encher. Porque como seremos perdoados?

Se clamamos: “perdoai nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos ofendeu”, mas que pai rancoroso não? Coloca condições para amar, perdoar, mas não é isso, o pai sabe que tomamos consciência do que pedimos vivendo o que se pede. Por que quem não perdoa se fecha, fica cego ao perdão que é dado.

Ao dizer: “não nos deixei cair em tentação” parece que esse pedido nunca foi ouvido pelo pai, mas não é isso, não é que não iremos cair, pecar, é que pode ocorrer de cairmos e não querer mais nos erguer, achar normal o pecado que nos destrói e nos ilude. Essa é a tentação, a soberba, de querer viver sem ele. Nosso pai.

 Por fim dizemos: “livrai-nos do mal”, o ultimo pedido é amplo e nos lembra que o Bem ainda não possui toda a terra e que o ‘mal’ ‘ronda como um leão a nos devorar’.
Deus é harmonia, Deus é plenitude, não faz nada pra mim ou você, faz para nós, tudo que e faz é para se completar com outro, um quebra cabeça sem fim, que sempre precisará de uma peça muito importante, você!

Parafraseando o Padre Pio 'o Pai Nosso é como um colar de perolas, se lhe quebra uma conta todas as outras caem com ela, se tirar um pedido todos os outros caem, não se sustenta'.

Referência: Santo Agostinho, “A oração Dominical”.


2 comentários:

  1. que imagem fofinhaa, Tutss

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    1. UuuouuU tb achei ela muito bonitcha, de uma singeleza e pureza sem igual!!!! matutissssssssssss!!! :)

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