segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Entre liberdade e a obediência
 – O AMOR –


A liberdade sempre será uma prova de amor, a liberdade é a loucura de Deus por nós, a sã loucura de Deus. Sem a liberdade seriamos facilmente D’Ele, mas Deus, o Nosso Deus, Ele não é como um sádico que prefere a presença, mesmo que seja presa e, assim vazia, sem paixão e gratuidade. Forçar a presença é um gesto de egoísmo que não toca corações, mesmo se este seja um coração que haja amor.
Sartre, filosofo ateu, grande teórico da liberdade, não pôde compreender o amor de Deus, falará ele que, seria impossível sermos uma criatura divina, porque se fossemos criados não teríamos liberdade; faz sentido, um microfone, como ele poderia dizer, por exemplo, é criado para amplificar nossa voz, ele não tem vontade de ser um soldadinho de chumbo ou um soldadinho voante, o passarinho, ou seja, o que é criado não é livre. Nessa lógica o Sartre tem razão.
Mas aqui se encontra a loucura de Deus, ele podia ter criado sem liberdade, ter criado só para amá-lo, ou seja, presos, sem escolha, e essa é a maior essência da liberdade, a escolha. Sem escolha não há liberdade. Mas o amor de Deus não se compara a razão humana, que pensa ser elevada ao ponto de se ensoberbecer e se achar no direito de falar do amor, e mais, do amor que há na criação.
Razão humana!!! Deus pode criar e deixar livre! Isso é amor, uma criação não do acaso, mas do amor, que brota do coração da Trindade Santa.
O Rubem Alves tem razão – e foi assim que Deus criou – ao dizer que; “Amar é ter um pássaro pousado nos dedos”, esse pode ir embora e isso será amor. Ficar podendo ir é amor verdadeiro, é amor que não intimida, nem oprime.
Mas afinal, obedecer é um limite da liberdade? É fazer o amor ser preso? É colocar-lhe uma algema?
A resposta é simples, não!
Mas difícil mesmo é ser simples, como diz a canção. A obediência é marca de amor, porque obedecer, sem ser forçado é ser pássaro pousado no dedo de Deus, obedecer-lhe, ouvir sua voz e cumpri-la é sinal de que o amor chegou no coração e só assim a liberdade de poder ir embora será vencida pelo amor que prefere ficar.
Toda essa reflexão seve para a vida, para todo e qualquer relacionamento, seja com os familiares, seja com amigos e superiores, o amor é quem faz, mesmo querendo fazer o que parece até mesmo ser melhor, corresponder a voz do outro.
O amor ficará no meio da briga que se trava em cada humano coração, porque só ele pode apaziguar tamanha confusão, sem o amor haverá intrigas impossíveis de serem resolvidas, sem amor não se pode viver como gente.
Que cada ser humano aprenda com Deus, só o amor pode compreender, que o outro não escuta, aquele que manda sem razão, que prefere prender a deixar ir, intervindo com a ilusão de proteção, que antes de acolher, sufoca com sentimentos vazios. Para não se perder em ilusões é necessário amar, o amor faz com que aquele que se foi, volte, não por perder mais a frente, mas por lembrar que o bem que o amor produz não será encontrado em esquinas de prazer. Como o filho prodigo, que volta, não simplesmente por perder tudo, mas por lembrar que na casa de seu pai há pão com fartura, não se volta para onde não há fartura. Não se volta para onde não há amor em acolher quem deu as costas.

Assim, antes de se preocupar com medo de que alguém possa partir, se preocupe em amar, porque quem é amado mesmo que se vá, por ilusões, voltará, amor é uma prisão que prende sem amarras e solta sem deixar de tocar.

Fonte das fotos:  http://www.catedralieq.com/home/a-obediencia-traz-sucesso/
                                      https://amorbaseadonabiblia.wordpress.com/2014/12/03/leis-do-relacionamento-lei-da-obediencia/
                                      http://642projeto.tumblr.com/
                                      http://www.gospel10.com/downloads/papel_de_parede--liberdade--2916

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